Prefeito ainda não recebeu os relatórios financeiro, e lamentou não receber sequer a chave e não esperava encontrar a situação tão precária, mas, disse que com muito trabalho, vai colocar tudo no seu devido lugar.
Logo nos primeiros dias de governo, o prefeito Raimundo Nonato Barcelos (Nozinho-PDT), se deparou com uma realidade muito pior do que a apresentada pela equipe de transição do governo e também muito diferente do que foi divulgado pela gestão anterior.
De acordo com os números disponibilizados pelo secretário de fazenda, Alisson Cruz Menezes, o saldo para 2021 deixado nos cofres públicos é de R$25.693.928,54 e não o saldo positivo de R$109.415.734,60 já descontados os restos a pagar, como divulgado pelo ex-prefeito Antônio Carlos Noronha Bicalho.
Com isso, o saldo real de contas no valor de R$123.239.213,42, tem restos a pagar de R$16.366.786,37, um total de obras de R$77.765.090,90 e uma dívida flutuante de R$3.413.407,61. Totalizando assim um saldo para 2021 de R$25.693.928,54.
O montante maior de contas a pagar deixada pelo governo anterior foi na Secretaria de O’bras do município. São Gonçalo possui hoje 30 obras inacabadas com um valor total de R$128.717.545,83. De acordo com o Secretário de Obras e Serviços Urbanos, Eduardo José Quaresma, é necessário uma reavaliação e um novo planejamento dessas obras. “Vamos nos organizar com novos cronogramas físicos e financeiros para terminar as obras existentes, mas tudo isso em consonância com o planejamento financeiro da prefeitura para ter uma excelência na gestão destas obras”, ressaltou Eduardo.
O prefeito Nozinho disse que a situação real da prefeitura não foi passada para a equipe de transição e que não esperava encontrar a situação de uma forma tão precária, mas que, com muito trabalho e uma equipe comprometida, irá colocar a cidade nos trilhos novamente.
“Não recebemos sequer a chave da prefeitura. Ela foi deixada com um funcionário efetivo e o relatório do fluxo financeiro não foi repassado a nossa equipe. Recebemos apenas a informação de que tudo o que precisaríamos estaria nos computadores. Com isso precisamos nos desdobrar nessas duas primeiras semanas, para apurar a verdadeira situação”, disse o prefeito Nozinho.
O prefeito falou ainda sobre os recursos da prefeitura: “A situação não é calamitosa, existe o recurso, mas sem o empenho, o que compromete o orçamento de 2021. O problema maior é o sucateamento da máquina pública. Encontramos equipamentos novos, misturados com sucata nas secretarias”.
Uma lista problemas foi diagnosticada em todos os setores do executivo. Um registro fotográfico apurou equipamentos públicos em estados muito ruins, imóveis sucateados e com goteiras, telhas quebradas, móveis estragados, veículos sem manutenções, patrimônios amontoados com defeitos por todas as secretarias. Problemas pontuais, mas que darão muito trabalho para a equipe do prefeito Nozinho.
“Estamos apurando e registrando todos esses problemas, mas com muito trabalho vamos colocar tudo no seu devido lugar”, finalizou Nozinho.