Precisamos preservar a biodiversidade, reverter a crise climática e reduzir a pobreza

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Nivaldo Ferreira dos Santos*

Por: Nivaldo Ferreira dos Santos*                                          

Quando se fala em conscientização ambiental são muitos os temas em discussão – e todos eles estão relacionados… Neste mês destacamos duas datas em especial: 14 de maio, Dia Internacional do Clima; e 22 de maio, Dia Internacional da Biodiversidade. Confiram a seguir algumas informações e discussões a respeito desses temas.

CRISE CLIMÁTICA
Em mensagem enviada pelo “Greenpeace Brasil” algumas semanas atrás, lembrando o Dia Internacional do Clima (14 de maio), é destacado que “esta é uma data para lembrar da importância que o clima tem em nossas vidas e que a crise climática é mais um agravante à desigualdade social”, ou seja: os impactos das chuvas, da poluição do ar em nossas cidades e a degradação dos oceanos não são sentidos e percebidos da mesma forma pelas diferentes camadas sociais – são justamente as pessoas mais pobres e que menos contribuem para o agravamento da crise climática que acabam sofrendo mais. Por isso, precisamos rever o atual modelo socioeconômico, injusto e desigual, para mudarmos de um modelo extrativista e predatório para um modelo que considere o bem-estar das pessoas e os limites e processos da natureza, buscando cumprir o compromisso de evitar que o aumento da temperatura média da superfície do planeta chegue a 1,5°C, considerado o limite para evitar os piores impactos da crise climática.
Outro destaque do texto é que a principal fonte de emissões de gases do efeito estufa no Brasil é a mudança do uso do solo, ou seja, o desmatamento e a realização de queimadas para ampliação de atividades como a pecuária ou o plantio de grandes monoculturas valorizadas pelo mercado como “commodities” – Segundo dados de 2019 do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa, essas atividades foram responsáveis por 44% das emissões desses gases no nosso país, enquanto as emissões decorrentes da produção e uso da energia, por exemplo, responderam por 19% do total. Ou seja: se quisermos diminuir o desequilíbrio climático precisamos, primeiramente, buscar o “desmatamento zero”, e também modificar a nossa matriz energética, reduzindo o uso de combustíveis fósseis e incentivando o uso das tecnologias e conhecimentos já disponíveis para aumentar o acesso de todos a outras alternativas de fontes de energia.
Além disso, o “Greenpeace Brasil” destaca a necessidade de respeitar e aperfeiçoar as leis e demais normas de proteção ambiental do Brasil, ao contrário do que têm feito atualmente o governo federal, o Congresso Nacional e diversos governos estaduais e municipais – como exemplo, foi citada no texto a aprovação pela Câmara dos Deputados do Projeto de Lei nº 3729/2004, que praticamente extingue o licenciamento ambiental no país, e a necessidade de reverter boa parte das mudanças propostas nesse “Projeto de Lei”, que agora será discutido e votado pelo Senado Federal, uma vez que “o licenciamento ambiental é um dos principais instrumentos de proteção do meio ambiente e das populações afetadas por empreendimentos como a construção de hidrelétricas, barragens e rodovias” e “seu enfraquecimento é uma ameaça a mais em direção à crise climática”.
Concluindo o texto, é comentado ainda que “no Dia Internacional do Clima, é preciso lembrar que muito do sofrimento das pessoas em situação de vulnerabilidade, agora e no futuro, poderia (e pode) ser evitado”, desde que os governantes e a sociedade em geral se preocupem em respeitar as cidadãs e os cidadãos, atuando contra a crise climática e buscando diminuir o enorme abismo social que existe no Brasil e em grande parte dos outros países mundo afora – “Este é o desafio da nossa Era e o Brasil precisa correr, se não quiser que seu povo pague a conta”.
Quem quiser saber mais sobre esse e outros temas relacionados pode conferir em https://www.greenpeace.org/brasil .

BIODIVERSIDADE
Em outra matéria, esta publicada no sítio eletrônico da Organização das Nações Unidas (ONU), o destaque é outro: “A fim de aumentar a compreensão e a conscientização sobre as questões relativas à biodiversidade, a Assembleia Geral da ONU, em sua resolução 55/201, de 20 de dezembro de 2000, proclamou o dia 22 de maio como ‘Dia Internacional da Diversidade Biológica’ – esta data visa conscientizar a população mundial sobre a importância da diversidade biológica, além da necessidade da proteção da biodiversidade em todos os ecossistemas do planeta”.
Neste texto é lembrado que várias instituições, em diferentes localidades, organizam nesta data atividades em prol da defesa do meio ambiente com o objetivo de educar a população em geral sobre a importância da preservação da biodiversidade para o equilíbrio da vida na Terra. – Para saber mais acesse: https://brasil.un.org/ .

AGENDA AMBIENTAL
Lembramos a seguir as principais datas deste mês relacionadas ao Meio Ambiente:
* 3 de maio – Dia do Solo / Dia do Pau-Brasil;
* 8 de maio – Dia Mundial das Aves Migratórias;
* 14 de maio – Dia Internacional do Clima;
* 17 de maio – Dia Mundial da Reciclagem;
* 22 de maio – Dia Internacional da Biodiversidade / Dia do Apicultor;
* 27 de maio – Dia da Mata Atlântica.
Até a próxima!

* Nivaldo Ferreira dos Santos é Mestre em Administração Pública, Professor, Líder Comunitário e Servidor Público